sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Flaunt

Gente, eu voltei!!! Fic nova para vocês. Tudo que eu escrever vai ser diferente e eu espero que vocês curtam. Alguns avisos que eu gostaria de dar antes de lerem:
  1. A personagem principal é de minha autoria e de fatos ilusórios provindos da minha cabeça, então não aceito nem um tipo de cópia. 
  2. O nome da personagem foi baseado em outros personagens literários fictícios, por favor no hate.
  3. Consta na Lei 9.610 que plágio é crime, então se você assinar ou apresentar uma obra intelectual que pertença a outra pessoa (no caso, que pertença a mim) sem colocar os créditos para o autor original, o caso poderá lhe custar uma indenização de no mínimo R$ 5.000. No ato de plágio, o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.
  4. Obrigada meus amorzinhos, espero que vocês voltem para mim e boa leitura :)
Enjoying every second of having a tan. I feel like a little chicaaaaThat one summer I got really tanned and freckled

 flaunt /flɔ:nt/ verb [VN] (dissapproving) 1 to show sth you are proud of to other people, in order to impress them 2 ~ yourself to behave in a confident and sexual way to attract attention. 

Annabelle Grace Herrstedt, 21 anos, tem em mente fugir de sua realidade indo embora de seu país. Com apenas 50 mil euros pretende viver loucamente pelo mundo até que o dinheiro acabe, e depois voltaria para casa e entraria na famosa fraternidade de Estocolmo, assim em conseqüência voltaria para opressão familiar que sofria. Bebidas, drogas e apostas foram suas fugas para seu passado conturbado. Anna fará qualquer coisa para saber o real significado da felicidade, desde as mais insanas até as mais estúpidas. Quando finalmente conhece alguém que a mostra o caminho para o que ela procurou a vida toda, decide se entregar mesmo que tenha seu coração quebrado no final.

Strandvägen, Sweden - December 31, 2015 - Annabelle Herrstedt 

- Anna! - minha mãe gritou - desça para o jantar.

Minha mãe, Johanna, havia preparado o jantar como uma despedida. Graças à Deus, ela permitiu que eu viajasse. O dinheiro guardado para a compra de um carro agora será usado para minha viajem pelo mundo. Mesmo tendo tudo que o dinheiro pudesse comprar eu não queria mais viver naquela casa, infeliz. Eu usava um vestido Tom Ford preto com um decote nas costas, minha mãe entrou antes de eu andar até a porta.

- Você está atrasada, por que não desceu na hora em que te chamei? - ela apertou meu rosto fazendo com que eu a olhasse.

- Eu já estava descendo. - disse, eu puxei a sua mão fazendo com ela soltasse meu rosto e foi quando ela me deu um tapa.

- Nãe seja rude comigo, sua idiota. Seu primo Karl está aí e quero que converse com ele. Agora, por favor. Desça.

Assim que ela saiu do meu quarto, acariciei a minha bocheca esperando que a dor fosse anestesiada porém ela ainda latejava. Chequei os 50 mil euros contidos dentro da minha bolsa Louis Vuitton e desci. Karl me esperava ao pé da escada.

- Anna.

- Annabelle pra você. - respondi com a cara fechada, apesar de Karl ser atrativo eu nunca manteria relações amorosas e/ou sexuais com alguém que é sangue do meu sangue.

- Você sabe o que acontece se sua mãe souber que me tratou mal, não é?

 - Eu tenho 20 anos. Eu faço a merda que eu quiser.

- Está sendo rude.

- O que? 

- Você está sendo rude comigo e eu não gosto disso.

- Vai me dar um tapa também? - ele me olhou estático - Me desculpe... Eu...

- Ela bateu em você? - ele perguntou apavorado e eu apenas assenti em resposta - Me desculpe, bela. Ela não vai mais te tocar tudo bem? - eu olhei em seus olhos e ele estava realmente sendo sincero, então ele beijou minha testa e me abraçou fraternalmente.

- Eu queria que você sempre agisse assim. - sussurrei. Ele riu.

- O que?

- Eu queria que você sempre agisse como meu irmão e não como meu amante. - disse observando a vista paranorâmica que obtinha da sacada, ele riu novamente.

- Me desculpe... Eu queria sinceramente agir e ser como um irmão pra você, mas você não sabe o quão sujas são as coisas que sua mãe fala pra mim e a minha ainda apoia.

- O que elas dizem? - ri sarcasticamente.

-  Dizem que eu devo traçar você. - ele disse sério, não me agüentei e ri com vontade.

- Minha mãe está nos olhando. 

- E o que você quer dizer com isso? - ele observava eu me aproximar.

- Isso. - beijei ele, posicionando minhas mãos em seu pescoço enquanto ele apertava a minha cintura. 

- Uau. - ele disse com as mãos ainda na minha cintura e eu descancei minha cabeça em seu peito.

- Minha mãe deve achar que eu sou lesbíca. - ri - porque eu nunca tive um namorado.

- O que? - riu - Você nunca teve namorado?

- Não que ela soubesse. - ri levemente e me afastei dele.

- Safada. Você ainda é virgem? - ele disse e eu engasguei. Sério? Ele quer saber quantos orgasmos eu já tive? Que divertido.

- Talvez... Não.

- Eu quero muito te traçar agora.

- O que? - disse apavorada

- Nós devíamos nos beijar.

- Não.

- Por que não? - rebateu. E por que não me deixa em paz? Idiota.

- Karl, me deixa em paz. - como ele não me ouviu, começou a beijar meu pescoço e pegar em minha bunda. E foi no exato momento em que a minha mãe entrou. 

- Oh, Karl - e me olhou mortalmente - você não sabe quanto tempo eu esperei ver isso.

- Johanna, você está entendendo a situação errado...

- Não se preocupe querido, eu me faço entender muito bem. A propósito, o jantar está pronto. - e se retirou, fui atrás.

- Anna.

- O que aconteceu aqui, fica aqui e morre.  Isso não vai acontecer novamente. 

Quando saí da sacada e caminhei em direção ao hall de entrada, havia todos os membros da família. Meus avôs, minhas irmãs, meu irmão, meu pai. Ah, meu pai querido. Ele está aqui. Por mim. Corri para abraçá-lo.

- Ah, meu pai. Eu senti tanto sua falta. 

- Você está tão linda, minha filha. 

- Queria tanto que fosse criança para me girar - ri e comecei a chorar e ele me girou. Eu estava tão feliz. - PAPPA! 

- Raring! - ele exclamou, eu chorava sem mesmo querer. Como senti tanta falta daquele homem. Ele continuava tão belo. O abracei o mais forte que pude.

- Jag älskar dig så mycket, pappa.

- Jag älskar dig också.

- Johann, o que faz aqui? - ela disse apavorada.

- Ela não te disse? - respirava, exitante -  Como soube, pappa? - ele abriu o paletó e tirou envelopes de lá, aquelas foram todas as cartas que eu mandei para ele durante anos. A última que eu havia mandado para ele fora a uma semana atrás. Eu lembro exatamente o que escrevi.

"Pappa, sinto tanto sua falta. Vou ir embora viajar pelo mundo. Como não sei mais da sua vida, queria que soubesse da minha. Pra você saber o quanto dói em mim.  Jag älskar dig Annabelle."

- Você nunca me respondeu por anos. - e comecei a chorar mais uma vez. Minha família ficou em volta de nós e minhas irmãs, Elsa e Kristina ficaram na frente da minha mãe para que ela não chegasse perto de mim. Meu irmão Anders ficou do meu lado, acariciando minhas costas.

- Eu tenho 20 anos. E a partir de agora ninguém vai me tratar mais como uma criança. Porque eu vou embora. 

Subi as escadas e chamei o segurança para colocar minhas bolsas no carro. Peguei a minha bolsa Louis Vuitton com os 50 mil euros e vi mais uma vez se estava lá. Eu iria finalmente embora.

- Não vá embora. - Karl disse - nós nem nos despedimos.

- Ah, me desculpe. Tchau Karl.- disse descendo as escadas e indo em direção a cozinha discretamente. O Smorgåsbord estava espalhado pela mesa, tinha um pote pequeno de vidro com blåbärssoppa do lado de cada prato e uma travessa com kaffebröd. Minha mãe surpreendentemente tinha feito aquilo e eu iria destruir tudo como ela fez em minha vida inteira. 

Puxei a toalha de mesa e toda comida se espalhou pelo chão, derrubei as cadeiras e peguei duas garrafas de Nils Oscar Barley Wine que estavam no balcão. Hans, o segurança, já me esperava na entrada lateral da casa, o que me deixou mais brava ainda. Eu iria passar pela entrada principal para deixar bem claro que eu estava indo embora.

- Hans, passe pela entrada principal.

- Sim, senhorita. - assim dito ele fez a volta pelo quintal atrás da casa. O que era mais parecido com uma praça vazia.

- Agora buzine. - ele hesitou - vamos Hans, buzine. Estou mandando você buzinar. - e ele buzinou, e eu joguei as garrafas de cerveja pela janela. Eu estava tão irritada. Peguei um cigarro Malboro e liguei o som, tocava um solo de piano de Bach, Prelude e Fugue BWV 849. Foi o suficiente para me acalmar.

- Para onde deseja ir senhorita? - disse cautelosamente.

- Eu quero ir ao aeroporto, Hans. 

- Seu desejo é uma ordem.

- Sabe de uma coisa, Hans? - ele balançou a cabeça negativamente - eu vou sentir falta daqueles filhos da puta.

Notas finas: 
Eu amo música clássica, Bach é meu favorito de todos
Espero que tenho gostado, +5 comentários pra continuar